O primeiro-ministro italiano garantiu hoje que vai reunir-se, possivelmente na próxima semana, com o presidente da região da Calábria, onde se situa o porto de Goia Tauro, que será utilizado para o transbordo do de parte do arsenal químico sírio a ser destruído a bordo do navio americano Cape Ray. Serão também convocados outros responsáveis regionais. O anúncio do chefe do Governo de Roma, Enrico Letta, surgiu depois das reações do presidente da Calábria e também os responsáveis dos dois municípios pelos quais se estende o porto, se terem pronunciado contra a realização da operação em Goia Tauro. Letta tenciona ouvir ainda outros autarcas e representantes de organizações da população para "clarificar as modalidades da operação", lê-se num comunicado hoje divulgado na capital italiana. O responsável da região, Giuseppe Scopelliti classificou os protestos já verificados como a antecâmara de uma possível "guerra civil". Após as primeiras manifestações, realizadas logo quinta-feira, quando foi conhecido o nome do porto de destino do Cape Ray, o Governo italiano divulgou um comunicado detalhando a natureza dos "produtos perigosos de classe 6.1 [materiais tóxicos] da classificação fundada no código internacional sobre o transporte de matérias perigosas". Ora, em 2012-2013, passaram por Goia Tauro "3048 contentores com substâncias tóxicas da classe 6.1", sublinha o texto da declaração governamental. A operação de transbordo deve durar "não mais de dez a 24 horas", explica o comunicado, estando prevista a partida do Cape Ray para a próxima semana em direção a Itália.
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