sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Bolsa portuguesa escapa a pior Janeiro desde 2010

Há muito que os investidores incorporaram o ditado ‘as goes January so goes the year'. Ou seja, que o comportamento dos mercados accionistas no primeiro mês do ano determina a evolução das bolsas para o resto do ano. Se 2014 comprovar as estatísticas, os investidores portugueses vão ter direito a boas notícias ao longo de 2014.
A bolsa portuguesa encerrou o primeiro mês do ano em terreno de ganhos, com o seu principal índice de referência- o PSI 20- a valorizar em termos acumulados 1,8%, para os 6696,67 pontos. A praça nacional consegue assim escapar às quedas dos principais índices bolsistas mundiais que terminam Janeiro com o pior desempenho desde 2010. Os investidores estão a ser ensombrados pela instabilidade em torno dos mercados emergentes, mas também estão expectantes em relação ao impacto do processo de retirada gradual de estímulos económicos pela Fed norte-americana que o mercado acredita possam terminar ainda este ano e também em relação à desaceleração económica da China.
A bolsa nacional não é imune a estes impactos, mas os investidores parecem ter preferido valorizar na recuperação económica portuguesa, num contexto em que a bolsa nacional começa a parecer mais atractiva para os investidores.
Depois da estreia em Dezembro dos CTT na bolsa lusa, neste momento decorre o IPO da Espírito Santo Saúde que termina em Fevereiro.
É perante este cenário que a maior parte das cotadas do índice PSI 20 terminam o mês de Janeiro com ganhos. As subidas marcam 16 dos títulos cotadas no índice PSI 20, enquanto apenas quatro somam perdas. A Sonae Indústria é em, termos percentuais, a cotada mais favorecida, com as suas acções a liderarem com ganhos acumulados no mês de 36% a beneficiar dos sinais positivos para a economia portuguesa. Mas no total são nove os títulos a somar ganhos mensais acima de 10%.
O sector financeiro é um dos que mais pesa pela positiva no desempenho do PSI 20, impulsionado pela recuperação económica e pela forte descida das ‘yields' soberanas portuguesas que ontem caíram abaixo da fasquia dos 5% a 10 anos, seguindo em mínimos de 2010. É perante este contexto que os títulos do BPI avançam 23,85% no mês, enquanto os do BES progriden 8,18%. Entre os principais bancos o BCP apresenta o saldo mais modesto, mantendo-se praticamente inalterado.
Pela negativa, as acções da Jerónimo Martins são o grande destaque. O título foi o que mais desvalorizou em Janeiro: 10,94%. Recorde-se que a meados do mês a retalhista anunciou os resultados preliminares das suas vendas em 2013. Números que parecem não ter a convencido os investidores apesar do aumento das receitas

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