Sector da banca foi o que mais penalizou o PSI-20, que encerrou a sessão com todas as cotadas no vermelho. O principal índice da bolsa nacional encerrou a sessão desta quarta-feira, 22 de Janeiro, em terreno negativo, com todas as cotadas no vermelho, num dia misto para as bolsas europeias. O índice de referência para a Europa, o STOXX600, regista ganhos ligeiros de 0,08%. Por cá, o PSI-20 perdeu 3,31% para os 6.845,76 pontos, a maior queda diária desde 3 de Julho, dia em que o principal índice nacional deslizou 5,31%. Ainda assim, desde o início do ano, o PSI-20 acumula uma valorização de 4,37%. A contribuir mais fortemente para o desempenho da bolsa de Lisboa estiveram as perdas acentuadas das cotadas do sector financeiro. O BCP foi o banco que mais caiu, deslizando 10,3% para os 16,8 cêntimos, seguido do Banif que perdeu 7,56% para 0,011 euros, e do BES que recuou 5,08% para 1,176 euros. Os analistas do BPI antecipam que a instituição liderada por Ricardo Salgado tenha registado prejuízos de 96 milhões de euros no quatro trimestre do ano passado, o que eleva para 477 milhões de euros o total de resultados líquidos negativos no acumulado do ano. Já o BPI desceu 4,15% para 1,432 euros. A motivar este comportamento negativo do sector bancário estará a realização de algumas mais-valias por parte dos investidores e também os receios de que Governo trave o alívio da factura fiscal para o sector. Ontem a Lusa, que cita fonte do sector financeiro, avançou que Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, disse aos banqueiros que caso os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais, como pede a banca, o défice aumentaria 6.600 milhões de euros. Segundo a mesma fonte, numa reunião em Dezembro, com os presidentes dos principais bancos portugueses, a ministra das Finanças sublinhou que as contas públicas não suportam a solução proposta pelas instituições, de transformar os activos por impostos diferidos em créditos fiscais, a menos que o Eurostat tenha um entendimento diferente. Nas telecomunicações, o dia também foi de perdas, com a Portugal Telecom a cair 2,23% para 3,514 euros, a Sonaecom a recuar 1,62% para 2,431 euros e a Zon Optimus a perder 2,33% para 5,04 euros. Isto depois de a unidade de análise do BBVA ter aumentado o preço-alvo da Zon Optimus de 5,20 para 5,50 euros por acção. Os títulos da operadora constituem “uma aposta numa infra-estrutura de elevada qualidade com uma sólida rede comercial”, diz o banco. No sector energético, a EDP perdeu 0,49% para 2,829 euros, a EDP Renováveis caiu 2,42% para 4,391 euros e a Galp Energia deslizou 0,96% para 11,905 euros. Já a REN desceu 1,17% para 2,54 euros. No retalho, a Jerónimo Martins cedeu 2,36% para 13,01 euros e a Sonae perdeu 3,48% para transaccionar nos 1,164 euros
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