«Não é nada que decorra do bom desempenho do Governo mas, no entanto, o Governo prepara-se para abrir garrafas de champanhe e já fala em milagre económico», ironiza o líder do PS.
O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse hoje que o Governo prepara-se para festejar a saída da troika de Portugal «com champanhe» e quer dar a entender que acontece pelo seu «bom desempenho». «O Governo prepara-se para abrir garrafas de champanhe no dia 17 de maio», disse o secretário-geral socialista no encerramento do XVI Congresso Regional do PS-Madeira que aclamou Vítor Freitas líder do partido na Região. Porém, lembrou que no dia 17 de maio faz três anos que Portugal assinou o Memorando com a 'troika' estando previsto, desde o início, que esta saia do país. «Não é, por isso, nada que decorra do bom desempenho do Governo mas, no entanto, o Governo prepara-se para abrir garrafas de champanhe e já fala em milagre económico», declarou. Para o líder do PS, «o Governo não passa de um vendedor de ilusões que visa criar a ideia nas pessoas que o nosso país está a sair da crise mas, infelizmente, não é assim». Realçou também que «o primeiro-ministro há dois dias, dando o dito por não dito» tendo apelado ao Partido Socialista para que fosse «feito um acordo para que pudesse haver um bom equilíbrio das contas públicas». «Já repararam que este primeiro-ministro governa há mais de dois anos e meio e diz que temos vindo a fazer reformas. Ora, se fosse verdade, não precisava de propor nenhum pacto para o futuro», disse. Para o secretário-geral do PS, «o primeiro-ministro só propõe pactos para cortar do lado da despesa e aquilo que está demonstrado não apenas em Portugal, mas em vários outros países é que para equilibrar contas públicas é preciso gerir e ter um limite para a despesa pública mas, simultaneamente, é necessário agir do lado da receita o que significa ter uma economia a crescer, a gerar riqueza, criar oportunidades de emprego, a preservar os postos de trabalho que atualmente existe». António José Seguro elogiou a estratégia de Vítor Freitas desenvolvida nas eleições autárquicas de coligação com outros partidos que fez o partido conquistar a Câmara Municipal do Funchal, classificou de «irresponsabilidade» o que aconteceu nas contas públicas da Madeira com um défice de 6,3 mil milhões de euros e garantiu, caso venha a ser primeiro-ministro, «a solidariedade aos madeirenses e portossantenses». O presidente aclamado do PS-Madeira, Vítor Freitas, propôs «um projeto de mudança política» que passa pela união dos madeirenses e portossantenses: «o momento presente exige-nos que dispamos as nossas vestes ideológicas para construirmos o futuro da Madeira, mais como cidadãos e menos como partidos», cita a Lusa. «Neste projeto cabem todos, socialistas, democratas cristãos, comunistas, bloquistas, sociais-democratas, homens e mulheres de esquerda e de direita, homens e mulheres com e sem filiação partidária», propôs. A Moção de Estratégia Global «Uma alternativa responsável» foi aprovada por unanimidade pelos congressistas, tendo o XVI congresso regional do partido confirmado a reeleição de Victor Freitas.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Seguro: «Governo não passa de um vendedor de ilusões»
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