segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Coreia do Norte volta atrás em convite a enviado dos EUA
Kenneth Bae, preso há mais de um ano e agora enviado para um campo de trabalho.
“Estamos profundamente desapontados pela decisão da Coreia do Norte de, pela segunda vez, retirar o seu convite para o embaixador Robert King viajar até Pyongyang para discutir a libertação de Kenneth Bae”, disse um responsável do Departamento de Estado dos EUA, citado pelas agências.
O responsável referiu-se ainda aos exercícios militares conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, a que a Coreia do Norte se opõe, e que vão começar a 24 de Fevereiro. “Lembramos à Coreia do Norte que estes exercícios são transparentes, levados a cabo regularmente e orientados para defesa. Não estão de modo algum ligados ao caso de Bae”, sublinhou.
A Coreia do Norte reagiu classificando os exercícios como um “prelúdio para a guerra” e avisando que poderiam pôr em risco uma reunificação de famílias do Sul e do Norte separadas pela guerra de 1950-53 planeada para 20 a 25 de Fevereiro.
O Departamento de Estado indicou na semana passada que Bae foi deslocado de um hospital de volta para um campo de trabalho a 20 de Janeiro, no dia em que fez um apelo público a Washington para que ajudasse na sua libertação e regresso a casa.
Bae esteve no campo de trabalho de Maio a Agosto do ano passado, quando foi transferido para um hospital, depois de ter sido condenado a 15 anos de trabalho por tentar derrubar o regime. A irmã de Bae, Terri Chung, disse que a família não sabe exactamente onde é o campo, apenas que é longe da capital, e que Bae estava a trabalhar oito horas por dia, seis dias por semana, apesar dos problemas de saúde, de diabetes a pedras nos rins e fortes dores de costas.
“A pedido da família de Bae, o reverendo Jesse Jackson ofereceu-se para viajar até Pyongyang numa missão humanitária focada na libertação de Bae”, disse ainda o responsável do Departamento de Estado. “Pedimos de novo à Coreia do Norte para dar a Bae uma amnistia especial e para o libertar imediatamente como gesto humanitário para que possa voltar a encontrar-se com a sua família e obter cuidados médicos.”
A renovada tensão com a Coreia do Norte deverá ser uma parte importante da visita à Ásia do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ainda esta semana.
A Coreia do Sul teme que o Norte aproveite os exercícios militares para uma “provocação”. Imagens de satélite mostraram o alargamento de uma rampa de lançamento de satélites, o que permitiria lançar um projéctil de longo alcance já no próximo mês. A Coreia do Norte pôs em órbita um satélite em Dezembro de 2012. A ONU reforçou as sanções depois deste teste, que foi considerado um ensaio de mísseis balísticos encoberto.
A Coreia do Sul aponta ainda que, apesar de o Norte ter a sua principal central nuclear pronta, não há sinais de que esteja iminente um teste. A Coreia do Norte realizou um terceiro teste nuclear em Fevereiro do ano passado.
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