terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Banif regista prejuízos de 470 milhões de euros

O banco liderado por Jorge Tomé comunicou ontem às 23h46 que fechou o ano passado com prejuízos de 470,3 milhões de euros, menos que as perdas de 584 milhões registadas em 2012. A principal fonte de pressão para a actividade do banco continua a ser a necessidade de reforçar provisões e imparidades, que se situaram em 366 milhões de euros. Mas as perdas de quase 100 milhões no Brasil e os custos relacionados com a intervenção do Estado - como o pagamento de juros de CoCos -, e o processo de recapitalização também contribuíram para o resultado negativo. Tanto o produto bancário como a margem financeira cresceram em 2013, evolução que o banco associa a "uma política centrada na redução de custos de financiamento através de uma maior selectividade na captação de recursos a clientes". O banco relata ainda uma redução de 35 milhões em custos de estrutura para a qual contribuiu a saída de 179 colaboradores e a redução da rede de balcões. A pressão sobre a captação de recursos está patente na redução do crédito a clientes em todas as rubricas e também na queda de 18,7% dos depósitos. "Esta variação é em grande parte explicada por uma redução dos depósitos de entidades estatais e administração central (por contrapartida da operação de recapitalização) e pela revisão em baixa do pricing dos depósitos, inserida na estratégia de redução de custos de financiamento e diversificação da base de recursos", justifica o Banif, dando conta que a evolução no quarto trimestre já foi positiva. A exposição total do Banif ao Banco Central Europeu (BCE) aumentou em 2013 para um total superior a três mil milhões de euros. O rácio Core Tier 1 está inalterado em 11,16%, segundo das regras do Banco de Portugal. As acções do Banif seguiam inalteradas nos 0,0116 euros.

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